sexta-feira, 1 de abril de 2011

Grupo de alunos foi enviado ao sindicato para afrontar educadores: “Isso é banditismo, uma irresponsabilidade do governo”, diz diretor do Simproessema



No mesmo horário marcado para iniciar a passeata dos educadores, às 15h desta quinta-feira (31), a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública (SINPROESEMMA) foi surpreendida com a chegada de um grupo de alunos que foi à sede da entidade com o pretexto de ouvir os educadores sobre a greve.

“Na verdade o que o grupo de alunos queria era tentar acuar o sindicato e foi bem orientado para isso. O governo instrumentaliza estudantes para afrontar os trabalhadores”, denunciou o presidente do sindicato, Júlio Pinheiro. Há indícios de que estejam por trás da armação os mesmos responsáveis que financiaram o quebra-quebra durante o lançamento do livro Honoráveis Bandidos, no sindicato dos Bancários. (Veja aqui)
O grupo levou microfone e panfletos, com impressão de alto custo, para distribuir na porta do sindicato. “O governo chegou ao cúmulo de usar a juventude contra a luta dos trabalhadores”, disse o diretor de comunicação do Sinproesemma, Júlio Guterres.
Os diretores acreditam que os panfletos e toda a estrutura do ato foram produzidos pelo governo do Estado, já que eram materiais caros e os estudantes não teriam recursos para bancar. Além de agir contra a luta dos trabalhadores, alguns membros do grupo ameaçou invadir o prédio do sindicato. “Isso é banditismo. Uma irresponsabilidade do governo patrocinar ato de estudantes contra seus professores”, afirmou Guterres.
O presidente do sindicato, Júlio Pinheiro, se mostrou disposto a receber os estudantes, mas os mesmos não quiseram manter o diálogo. “Uma demonstração de que eles vieram preparados para nos afrontar, descaracterizando o movimento estudantil, que é sempre em prol da educação de qualidade, a mesma luta dos professores. A nossa causa é a mesma e não podemos estar em lados opostos. É lamentável que esse grupo de alunos, que não faz parte das entidades que representam os estudantes, esteja sendo usado como massa de manobra pelo governo”, finalizou o presidente.

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