terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Uma bomba relógio, represa do Rio Flores



A barragem do Rio Flores nesta região de Presidente Dutra, iniciada em 1983 e concluída em 1987, para aproveitamento energético, controle de enchentes da bacia do Mearim e implantação do pólo hidroagrícola do Flores, está totalmente abandonada o que não é nenhuma novidade. Já vai fazer quase um ano que após representação do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura no Maranhão (Crea-MA), foi instaurado na Procuradoria da República no Maranhão, procedimento administrativo para apurar as condições operacionais e de estabilidade das barragens dos rios Pericumã e Flores localizados, respectivamente, nos municípios de Pinheiro e Joselândia/Presidente Dutra.

O laudo apresentado pelo Crea no período apontou que a barragem do rio Flores encontra-se em situação de “completo abandono, levando a crer que há muito tempo nenhum serviço de conservação foi executado na barragem”. O relatório concluiu ainda a “existência de dano potencial elevado”, demandando a adoção de medidas de urgência para a recuperação da barragem, uma vez que a população localizada em suas áreas de influência passam por situação de extremo risco, com o agravamento do período de chuvas e alagamentos, basta lembrar o completo alagamento dos municípios de Pedreiras, Trizidela do Vale, Bacabal, São Luís Gonzaga do Maranhão e Arari durante o período das chuvas em 2008 ou seja a represa que deveria amenizar esses sérios problemas à população se mostrou ineficaz.

Mas, neste ano já foi muito alardeado pelo Sinfra, que serão investidos R$ 789 mil na revisão geral da barragem, que inclui cabos das comportas, desmatamento da área, recuperação das ferragens expostas, desobstrução de canaletas e reforma da válvula dispersora – equipamento que ajuda a diminuir a força de vazão da água. O controle da vazão, de acordo com os técnicos, é fundamental para garantir água o suficiente para as lavouras espalhadas ao longo do rio Mearim - onde o rio Flores desemboca – e, também, evitar alagamentos, o que prejudicaria a produção agrícola no local. Algo que se constata que seria o objetivo principal, mas que simplesmente parece que nunca foi implantado.

Mas, o que aquela sofrida população desassistida que vivem prestes a serem acometidos de uma tragédia ao exemplo do que aconteceu com o Rio de Janeiro recentemente é que os recursos sejam aplicados corretamente algo tão raro por aquelas bandas. Caso contrário continuaremos a ver a mesma pobreza, descaso e uma bomba relógio prestes a explodir.

Um comentário:

José María Souza Costa disse...

O Gestor Publico, sempre entendeu, que não deves prestar contas, daquilo que é publico, com o cidadão, que lhe garante cargo e Poder.
Um abraço