quarta-feira, 2 de março de 2011

Greve de educadores começa com grande adesão em todo Estado do Maranhão



Greve geral dos servidores da educação no Maranhão
Greve geral dos servidores da educação no Maranhão

Motivados a conquistar seus direitos por meio da aprovação e implantação do Estatuto do Educador, os trabalhadores da rede estadual de educação deram início, nesta terça-feira (1º), à greve com tempo indeterminado em todo o Estado. Para marcar a data, o SINPROESEMMA realizou um protesto que envolveu centenas de educadores que se concentraram na Praça Deodoro, seguindo pelas ruas do Centro Histórico e finalizando com ato público em frente ao Palácio dos Leões.

A medida tomada pelos trabalhadores em dar início ao movimento grevista, diz respeito ao tratamento dispensado pelo governo do Estado às políticas de educação da rede pública de ensino. De acordo com a direção do SINPROESEMMA, a luta pela aprovação do novo Estatuto do Educador acontece desde meados de 2009.
Desse período para cá, várias tentativas de acerto entre as duas partes, de pontos como promoção, progressão e inclusão dos funcionários de escola no documento, foram essenciais para serem pautados e discutidos em assembléias nas 18 regionais - o indicativo de greve no final de 2010, o que culminou agora, com a paralisação das atividades nas unidades escolares.

Adesão
Durante o ato, já em frente ao Palácio dos Leões, o movimento paredista recebeu o apoio de representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes) e Conlutas (Coordenação de Lutas dos Trabalhadores), que se pronunciaram a favor da greve.

Ainda na ocasião, os trabalhadores denunciaram várias ocorrências nas escolas maranhenses. ”Violência entre estudantes é uma constante”, disse ao anunciar o diretor do SINPROESEMMA, Euges Lima. O professor alertou também para a obrigatoriedade de dar aula aos sábados, domingos e feriados. Medida tomada pelo governo, aplicada nas escolas de Pinheiro, mas antipatizada de pronto, pela categoria.

Também foi denunciada, durante a manifestação, a coação por parte da diretora da escola Coelho Neto, para a não participação dos trabalhadores, no movimento. “Peço paciência a todos. Que busquemos o diálogo propositivo e não exacerbado, o pluralismo”, disse, ao pregar a unidade da categoria para vencer a intolerância e a prepotência do governo para com a negociação sobre os 21 itens que compõem a pauta de reivindicação dos trabalhadores.

O movimento grevista terá continuidade esta semana com blitz nas escolas pela manhã e à tarde. Já na próxima quinta-feira, (03), às 8h30, a direção convida os educadores para novo ato público com concentração na Praça Deodoro, partindo rumo ao Palácio dos Leões, pelas ruas principais do centro.

Em tempo
Os servidores da cidade de Gonçalves Dias também aderiram a greve, das três escolas estaduais que aquela cidade dispõe 90% do quadro de servidores fazem parte do movimento grevista. A regional de Presidente de Dutra está praticamente parada, apenas alguns contratados as pressas neste último final de semana é que estão trabalhando, mas os alunos faltaram em sua maioria.

Segundo informações que nos chegam, as escolas só tem funcionado com alguns poucos professores contratados (ilegalmente), e os demais do cargo de confiança, o restante o 'grosso' dos servidores aderiram em massa à greve.

Com algumas informações do SINPROESEMMA.

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