terça-feira, 15 de março de 2011

Mulher presa acusada de roubo, latrocínio, estelionato e formação de quadrilha, pode estar sendo vítima de mais um "engano" policial


O caso foi notícia  inicialmente  no Programa Difusora Repórter,  apresentado por Luzia Souza, na TV Difusora de Imperatriz e desde quarta-feira até aqui é o mais comentado em blogs, sites, Tvs e rádios da grande Imperatriz. No programa da Luzia foi mostrada uma comunidade inteira saindo em defesa de uma mulher que se encontra presa, acusada de pertencer a uma quadrilha que aplica o golpe conhecido como "Boa noite Cinderela".

Kelly Alves Lima, 29, foi presa no dia 1º de março, por força de uma carta precatória da Justiça de Imperatriz, em cumprimento a um mandado de prisão emitido pela Justiça de São Paulo, mas ela alega inocência, afirmando que nunca esteve em São Paulo nem praticou nenhum crime contra qualquer pessoa.

 
Kelly, presa em Imperatriz, foto O progresso
 Kelly residia no Povoado Camaçari e veio morar em Imperatriz, mais precisamente na Vila Redenção, para poder trabalhar e sustentar os três filhos menores. Ela foi presa quando se encontrava trabalhando em uma residência.

O calvário de Kelly começou quando em 22 de outubro de 2010 a Polícia Civil de Presidente Dutra-MA., prendeu uma mulher identificada como Kelly Alves Lima, 29 anos, acusada de fazer parte da quadrilha que aplicava o golpe conhecido como “Boa noite Cinderela”, no Estado de São Paulo.

O delegado Francisco Sales Taveira, que efetuou a prisão, informou que Kelly era a última integrante do bando que ainda estava foragida. A denúncia contra a quadrilha foi feita pelo Ministério Público de São Paulo.

O delegado Taveira ressaltou que eles agiam na cidade de São Paulo. “O bando frequentava os bares de São Paulo para dopar as vítimas com rivotril – medicamento tranquilizante de alta potência. Em seguida, eles iam até as residências das vítimas para roubar dinheiro, jóias, cartões de crédito e objetos pessoais”, afirmou. A prisão de Kelly aconteceu depois que a Delegacia de Presidente Dutra recebeu a carta precatória expedida pela 19ª Vara Criminal da Comarca de São Paulo.

Além de Kelly, o Ministério Público (MP) havia feito denúncia contra Aldeane Granjeiro Lima e Lucília dos Santos Falcão, ambas maranhenses. O médico Francisco José Carvalho Duailibe acabou sendo envolvido no caso, após ter seu nome nos carimbos das receitas médicas utilizadas para comprar o medicamento, e após investigações, a polícia constatou que o carimbo do médico havia sido roubado e estava sendo usado pela quadrilha.

O delegado Taveira informou que Kelly ficaria  detida em Presidente Dutra aguardando o processo de recambiamento ao Estado de São Paulo, onde cumpriria  pena, mas pouco tempo depois a suposta Kelly Alves Lima fugiu.

Agora, como se fosse a mesma mulher que fugiu da cadeia de Presidente Dutra, Kelly foi presa em Imperatriz, mas o próprio delegado Taveira, da Regional de Presidnete Dutra, já afirmou ontem em telefonema à TV Difusora que a Kelly de Imperatriz não é a mesma de Presidente Dutra. Só não dá para entender como a Polícia Civil do Maranhão  ainda não comparou as fotografias das duas. Ou a Quadrilha teria duas Kelly's?

Kelly Alves Lima, está presa na Delegacia do 5º DP, localizada na Vila Lobão e  inocente ou não está em um cubículo com péssimas condições de higiene, considerado como uma cela, juntamente com outras 3 detentas, entre elas duas traficantes de drogas.  Caso prove sua inoscencia, Kelly deverá buscar do Estado uma reparação para o suplício que as polícias de São Paulo e do Maranhão estão lhe impondo.

Alguém pode estar se passando por Kelly

Em entrevista a o jornal "O Progresso", Kelly Alves Lima disse que, há cerca de um ano, estava passeando com os filhos pelo calçadão de Imperatriz, ocasião em que apareceu um homem se dizendo fotógrafo e pediu para fotografar as crianças.

Segundo Kelly, o homem disse que as fotos eram de graça. Entretanto, dias depois, ele foi até a sua residência, que era no Camaçari, para cobrar as fotos. Ela então perguntou ao suposto fotógrafo se as fotos não eram de graça, como ele havia dito. Kelly falou para o homem que não tinha como pagar. Nesse momento, ele a fez assinar um documento em que constava o seu nome, nome da mãe e do pai e números de RG e CPF. O homem nunca mais retornou.

"Sou inocente. Não posso pagar pelo que não fiz, porque tenho três filhos menores para criar. E, mesmo que não tivesse, não posso pagar por um crime que não cometi. Minha família contratou uma advogada que, se Deus quiser, vai provar a minha inocência", disse Kelly.
Até mesmo os policiais não acreditam que Kelly Alves de Lima seja culpada das acusações de latrocínio, roubo, estelionato, formação de quadrilha e o "Boa Noite Cinderela" cujos crimes estão sendo atribuídos a ela. ( O Progresso).

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