sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Educação multiplica PIB em maior escala



 Recente estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ratificou a tese de que a educação não representa gasto, mas sim investimento sócioeconômico - e o melhor entre todos para se promover o desenvolvimento com distribuição de renda.

Segundo o Ipea, cada R$ 1,00 investido em educação gera R$ 1,85 de impacto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Isso significa uma taxa de retorno de quase o dobro!



Na perspectiva do debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil investiu na educação, em 2010, segundo informações do MEC, 5% do PIB. Considerando que o PIB do ano foi de R$ 3,5 trilhões, o investimento teria chegado a R$ 175 bilhões - mas é preciso confirmar se o valor não inclui as inversões do setor privado. Contudo, com base nesta estimativa, a contribuição da educação nas riquezas nacionais correspondeu a 4,2% em termos líquidos (descontado o montante investido).



A proposta de PNE encaminhada pelo MEC ao parlamento vislumbra alcançar um investimento de 7% do PIB em educação, na próxima década. A comunidade educacional acha pouco e reivindica 10%.



Assim sendo, chegou a hora de o país optar pelo melhor investimento social e econômico. E não é difícil fazer as contas. Se a opção se limitar a 7% estaremos jogando no ralo algo em torno de R$ 89,3 bilhões em um único ano. Isso porque o percentual (7%) geraria um impacto líquido no PIB atual de R$ 208,2 bilhões, enquanto que 10% elevaria o mesmo Produto em R$ 297,5 bilhões - sem contar os ganhos qualitativos que uma educação de melhor qualidade promove ao longo do tempo.



Esperamos, portanto, que os gestores públicos e parlamentares de nosso país peguem suas calculadoras e façam as contas a fim de se comprometerem com a melhor forma de promoção do desenvolvimento, à luz da inclusão social, da geração de emprego e renda à sociedade.

Fonte: SINPROESEMMA

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