domingo, 6 de fevereiro de 2011

Washington prepara cassação de Bira do Pindaré

Fonte: JM Cunha Santos


A matéria vem disfarçada no Blog do jornalista Marcos D’eça sob o manto de um acontecimento qualquer, devidamente noticiado para informar a população. Diz: “A Executiva maranhense do PT se reúne nesta segunda-feira, a partir das 9 horas para discutir o posicionamento político da bancada na Assembléia Legislativa”. Em seguida dispara: “A decisão terá que ser seguida pelos três deputados da legenda, Bira do Pindaré, Francisca Primo e Zé Carlo Nunes.

Diz mais: “Ontem, parte da Executiva que tem maioria formada pela corrente “Construindo um Novo Brasil”, ligada ao vice-governador Washington Luís, começou a discutir o assunto. Presentes o Secretário de Relações Institucionais, Rodrigo Comerciário e o secretário do Trabalho, José Antônio Heluy.
Segundo o jornalista, “a decisão dessa segunda-feira é definitiva, mas isso não significará obrigatoriedade de os deputados seguirem posições automáticas na Assembléia Legislativa – embora saibam que o diferente pode levar a sanções”.
Se isto não é ameaça, eu não sei mais o que é. E nunca vi coisa com mais fórmula de matéria construída em laboratório, com cheiro de gabinete, com cuidados para não exagerar no aquecimento e explodir a panela de pressão ou o tubo de ensaio.
Para bom entendedor, meia palavra basta. A Executiva do PT quer firmar uma diretriz de obediência cega ao governo Roseana Sarney que Bira do Pindaré não está disposto a cumprir. Quer que ele incorra em desobediência, principalmente quando o partido fechar questão em torno de determinadas matérias. Quer forçá-lo a desobedecer normas de disciplina e fidelidade partidária prescritas no Estatuto do PT para, assim, pedir o mandato de volta. Tanto o TSE quanto o Supremo Tribunal Federal entendem que o mandato pertence ao partido político e não ao parlamentar.
Essa mesma regra foi usada na semana que passou pelas executivas do PR e do PSL para ameaçar tomar o mandato dos deputados Edson Araújo e Raimundo Louro se eles não se alinhassem ao grupo parlamentar de Roseana Sarney. Eles saíram do Bloco de União Democrática imediatamente.

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